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17-05-2012

UA investiga extração de biodiesel de microalgas da ria de Aveiro.


Os Departamentos de Engenharia Mecânica e de Biologia da Universidade de Aveiro investigam a extração de biodiesel de microalgas da ...

Os Departamentos de Engenharia Mecânica e de Biologia da Universidade de Aveiro investigam a extração de biodiesel de microalgas da ria de Aveiro.

Não há, que se saiba, petróleo na ria de Aveiro mas as Chlorella vulgaris podem muito bem substituí-lo. São microalgas naturais da laguna e, a partir delas, uma equipa de investigação da Universidade de Aveiro (UA) descobriu forma de produzir biodiesel.

Para já, o biocombustível extraído é apenas uma amostra das quantidades que os investigadores querem ver circular no mercado. O objetivo do projeto dos cientistas dos departamentos de Engenharia Mecânica e de Biologia da UA é mesmo que, um dia, ao encostar o carro numa bomba de abastecimento de combustível, qualquer condutor possa optar pelo "petróleo da ria", protegendo com isso a economia nacional e o ambiente.

Para que tal revolução aconteça, aponta o investigador Fernando Neto, um dos responsáveis pelo projeto, «a extração de biodiesel de microalgas tem de ser realizada através de processos, já em desenvolvimento na UA, que não encareçam o produto e que este respeite os requisitos técnicos da União Europeia».

Com a primeira fase do trabalho concluída, que é como quem diz, com a identificação de uma espécie de microalga da ria da qual já foi obtido biodiesel, os investigadores da UA querem agora aperfeiçoar a técnica de extração. «O biodiesel que já conseguimos produzir ainda não está cem por cento conforme as normas europeias, mas oferece potencial para lá chegarmos», garante o Prof. Fernando Neto.

O trabalho dos investigadores da UA tem também baterias apontadas para o «aperfeiçoar dos processos de conversão de microalgas em biodiesel de forma a que este seja economicamente compatível com o bolso dos utilizadores». Naturalmente, explica o Prof. Fernando Neto, «não adianta estar a produzir um combustível que custe dez vezes mais do que um combustível convencional». Porque o grande objetivo da investigação, sublinha o investigador, é mesmo contribuir para que o biodiesel possa «concorrer comercialmente com os combustíveis fósseis».

A utilização de microalgas, para além destas constituírem um recurso inesgotável pelo uso de técnicas de cultivo baratas em desenvolvimento no Departamento de Biologia, para não encarecerem o biodiesel, pode trazer também outras vantagens para o ambiente.

«Como as microalgas têm grandes necessidades, quer de CO2, quer de compostos azotados, estamos igualmente a realizar a avaliação de ciclo de vida de todas as fases do processo de obtenção do biodiesel», acrescenta a Prof. Margarida Coelho. A investigadora salienta que outra das vantagens da utilização das microalgas da ria de Aveiro é que estas «não competem com culturas alimentares, como é o caso de outros produtos biológicos utilizados na produção de biocombustíveis, porque podem ser cultivadas em ambientes que estejam degradados».

O projeto em que participa a UA tem a coordenação geral da universidade de Vigo e que conta igualmente com a parceria com a universidade espanhola de Almeria, o Instituto Energético da Galiza e a universidade francesa de Pau, está inserido no Programa de Cooperação Territorial do Espaço Sudoeste Europeu SUDOE 2007-2013. Trata-se de um programa financiado pela Comissão Europeia para projetos que envolvem consórcios de universidades / institutos de investigação portugueses, espanhóis e franceses.

Texto: UA

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